Estudo aponta impacto do coronavírus na economia de Osasco

  Planejamento e Gestão

Texto: Marco Borba
Imagem: Marcelo Deck

 

Com o objetivo de entender os impactos da pandemia do coronavírus no setor econômico desde que os primeiros casos foram registrados na cidade, em março, equipe técnica da Secretaria de Planejamento e Gestão (Seplag), da Prefeitura de Osasco, elaborou o relatório “Emprego, Vulnerabilidade e Acesso a Benefícios Assistenciais: a situação dos trabalhadores em Osasco no contexto da pandemia de Covid-19”.

O documento é dividido em três partes. A primeira busca compreender a vulnerabilidade do emprego dos trabalhadores em diferentes setores da economia no contexto da pandemia. A segunda detalha as estatísticas do emprego formal em tempos de Covid-19, e a última apresenta os valores que os programas de transferência de renda do governo federal injetaram na economia municipal, por meio do “auxílio emergencial”, aprovado pelo Congresso Nacional no final de março.

Trabalhadores em situação de vulnerabilidade

Com base em análises originalmente elaboradas para o Brasil pela Rede de Políticas Públicas e Sociedade, a Seplag estima que 53% dos trabalhadores de Osasco experimentam algum nível de vulnerabilidade em seus empregos em razão da pandemia.

Entre os setores de atividade econômica mais afetados estão os serviços domésticos, cabeleireiros e salões de beleza, construção civil, restaurantes, lanchonetes e outros serviços de alimentação e bebidas. 

Mercado de trabalho

Com o retorno da divulgação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), no final de maio, foi possível monitorar os efeitos da pandemia sobre o mercado de trabalho formal osasquense.

O primeiro bimestre de 2020 foi marcado por um pequeno crescimento do número de empregos em relação ao estoque do início do ano. Entretanto, observando a evolução até maio, registrou-se uma queda de 4,6% no estoque de empregos (o que representa uma perda de 6.769 vínculos empregatícios).

Além do aumento das demissões, observa-se uma redução no nível de admissões, sugerindo que as empresas preferiram manter o quadro de empregados e suspender a contratação de novos trabalhadores.

Injeção de recursos na economia

A transferência de recursos do “auxílio emergencial” resultou, entre abril e maio, na injeção de cerca de R$ 100 milhões na economia da cidade.

Considerando-se também outros programas federais de transferência de renda, como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e o Bolsa Família, entre março e junho, cerca de R$ 150 milhões foram destinados a beneficiários residentes no município. Tais recursos contribuem para amenizar os efeitos da crise econômica que atinge a cidade em razão da pandemia.

O estudo está disponível na seção Publicações, no item “Estudos Demográficos e Socioeconômicos“, no portal seplag.osasco.sp.gov.br.

 

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