Maior votação da história atesta a credibilidade do Conselho. Próximo passo será empossar os membros e iniciar os trabalhos com a nova composição do órgão

Patrícia Bulbovas
Imagens: Habitação Osasco

Osasco viveu, no último sábado, 29/11, um marco democrático na construção das políticas urbanas. A eleição do Conselho Municipal de Política Habitacional e Urbana, para o triênio 2026/2028, reuniu 2.705 votantes e confirmou a força da participação popular no debate sobre moradia e desenvolvimento urbano. O pleito, organizado pela Secretaria de Habitação de Osasco, foi considerado um sucesso tanto pelo número expressivo de eleitores quanto pela condução transparente do processo. Esta é a maior votação já registrada na história das eleições deste Conselho.

A eleição escolheu 11 conselheiros da sociedade civil, entre associações com atuação na luta por moradia, ONGs e representantes de construtores, que se juntarão a outros 19 representantes do poder público e outras categorias, formando o quadro de 30 conselheiros titulares. O órgão terá ainda igual número de suplentes, totalizando 60 membros entre titulares e suplentes.

O valor da participação popular

A eleição do Conselho não é apenas um rito administrativo, mas a reafirmação do direito da população de influenciar diretamente as decisões que moldam o futuro da cidade. O ⁠órgão desempenha papel estratégico na fiscalização, proposição e acompanhamento de projetos ligados à habitação e ao planejamento urbano. Suas deliberações dialogam com instrumentos como o orçamento municipal, planos de intervenção territorial e diretrizes de programas de moradia popular, funcionando como bússola para políticas públicas mais justas, eficientes e alinhadas às demandas de Osasco.

Por meio desse espaço institucional, a sociedade civil pode debater temas como acesso à moradia digna, regularização fundiária, ocupação do solo, mobilidade urbana e infraestrutura de bairros, além da proteção social de famílias em situação de vulnerabilidade.

O secretário de Habitação e presidente do Conselho, ⁠Gelso Lima, celebrou o envolvimento popular e a maturidade do processo democrático. “Quando milhares de pessoas comparecem às urnas, a mensagem é clara: moradia e urbanidade são prioridades coletivas”, destacou. “A força dessa eleição mostra que estamos no caminho certo. A participação da população legitima as ações do Conselho e reforça o compromisso da gestão pública em construir uma política habitacional verdadeiramente coletiva. Como secretário e presidente desse Conselho, tenho a convicção de que as decisões aqui tomadas serão fundamentais para orientar o futuro da moradia e do desenvolvimento urbano em ⁠Osasco”, complementou.

Gelso também ressaltou a importância da continuidade do diálogo e da atuação técnica do órgão: “Este é um conselho de impacto real, que transforma escuta em diretriz, e diretriz em política pública”.

Com um conselho plural e eleito por voto popular, ⁠Osasco reforça que o futuro urbano não se escreve apenas nos gabinetes, mas em conjunto com a população – especialmente quando o tema é o direito à casa, à cidade e à dignidade.