Economia Solidária terá parceria do Sesc, Instituto Redes e PUC para promover planejamento solidário
Patrícia Bulbovas
Imagens: Setre/PMO
A Prefeitura de Osasco, por meio do Departamento de Economia Solidária, órgão ligado à Secretaria de Emprego, Trabalho e Renda (SETRE), vai promover, em parceria com o SESC, unidade Osasco, e com o Instituto Redes, por meio do NEATS-PUC, uma série de encontros voltados aos agricultores da Economia Solidária, durante todo o ano de 2024. Alguns desses encontros também terão a participação aberta para a população interessada.
O objetivo desta iniciativa é promover um planejamento solidário, a fim de aprimorar técnicas, conceito e desenvolvimento da Economia Solidária em Osasco.
“Prezo muito o trabalho da Economia Solidária, acho fundamental. Temos uma crise alimentar mundial, então as hortas urbanas são uma saída ótima tanto pra geração de renda quanto pra alimentação. Temos uma área no SESC que se chama ‘Educação pela Sustentabilidade’, então esse já é um olhar que o SESC tem para essa questão. Começamos esse trabalho com uma oficina de bioconstrução, na época feita na horta Modelo, e enxerguei o grande potencial que o Projeto Agricultura Urbana tinha para a gente desenvolver uma atividade em parceria com o Sesc. Observamos que podíamos contribuir com a questão da produção, incubação… Fizemos o projeto, estabelecemos o contato com a PUC, que trouxe o Instituto Redes, apresentamos para a Secretaria de Emprego, Trabalho e Renda e para os outros parceiros e vamos agora para a fase de aprovação de sua execução aqui na cidade”, explicou Claudete Greiner, economista, gestora cultural e animadora cultural do SESC Osasco.
“Essa parceria que o Sesc trouxe para Osasco envolve o NEATS PUC e o Instituto Redes Para o Desenvolvimento. A ideia é colaborar para o fortalecimento da Agricultura Urbana, pensando nas hortas e no planejamento participativo. Da nossa parte, o objetivo é potencializar as hortas como instrumento de geração de trabalho e renda de maneira participativa, coletiva, e que dentro dos princípios da sustentabilidade, possa ser realmente uma fonte consolidada de geração de trabalho e renda”, disse Agnaldo Lima, diretor do Instituto Redes.
A ideia é que, ao fim dessa ação, todos os atores envolvidos tenham amadurecido e mudado algo na direção da consolidação das hortas e de novos padrões de consumo sustentável. “Espero que tudo isso permita aprimorar essa política e estimular cada vez mais novos empreendedores a fazerem parte do projeto de Agricultura Urbana, e quem sabe para outros segmentos da Economia Solidária”, explicou Adilma Orfo, Diretora do Departamento ligado à SETRE.
“Para tanto, nossa pretensão é manter essa parceria importantíssima com o SESC e as outras instituições envolvidas no trabalho, a fim de que essa política pública só cresça e continue sendo referência para outras cidades”, complementou.
Pedro Aguerre, coordenador do Núcleo de Estudos Avançados do terceiro Setor da PUC, explicou como a participação da PUC acontece neste trabalho.
“O SESC está em diálogo com o Núcleo de Estudos Avançados do Terceiro Setor da PUC, onde promovemos formação e cursos. A partir daí construímos essa articulação com um dos parceiros com mais história nesse assunto que é o Instituto Redes, e agora todos estão envolvidos nesta ação aqui em Osasco. Nossa proposta é a formação, o diálogo, o acompanhamento da política pública de agricultura urbana junto com os agricultores para a gente encontrar caminhos para a geração de renda e fortalecimento dos empreendimentos, além de uma atuação mais coletiva, fazendo a diferença no território de Osasco, mirando também no público consumidor, promovendo a mudança de cultura alimentar e a incorporação da horta na vida da cidade”.